sábado, abril 18, 2009

O Embrulho que sou

Essa saudade diária já não me faz infeliz, mas me mata a cada dia, não se da uma morte física, mas uma morte interna, gradual e lenta. Sinto indo embora minha personalidade de boca tapada e voz abafada, morro e não sinto, ou sinto e não percebo. Penso que exijo da vida mais do que ela é capaz de oferecer-me, ou eu capaz de viver, imagino sonhos sem processar que eles são incompatíveis com a realidade, e me pergunto: O que é mais cruel, o sonho ou a realidade?
Mais uma nas inúmeras perguntas sem respostas, ou mais uma pergunta respondida com duas verdades , verdade tão cruel quanto a pergunta, a qual me nego conhecer, e penso que talvez, a dúvida seja a melhor das respostas.
Saudade que me acompanha vazia, que chora seco as lágrimas que já não caem, saudade que traz a verdade embrulhada em um lindo papel de presente...
Momentos transitórios da alma, ou da morte da alma, onde hoje eu não ouso “abrir-me”.